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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Trama Diabólica, de Carole Mortimer

Título Original: Devil Lover
Autor: Carole Mortimer

Editora: Abril  Cultural

Gênero: Romance Contemporâneo

Sinopse:

Lisa sabia que não podia confiar em Andreas. Aquele homem tinha um passado que o condenava, mas estava difícil resistir às propostas que ele lhe fazia… principalmente quando a olhava de maneira tão sensual!

Naquela bela e ensolarada ilha perdida nos mares da Grécia, Andreas Vatis, um grego atraente e poderoso, construiu o seu império. Enquanto isso, tinha uma única obsessão: vingar-se de Lisa Thomas, a filha do homem que lhe roubou a esposa e provocou o acidente que o deixou cego de um olho. Valendo-se de uma mentira, Andreas conseguiu atrair Lisa para sua ilha... e para sua trama diabólica. Usando de chantagem, forçou-a a casar com ele, disposto a fazer da vida dela um verdadeiro inferno. E, como se isso não bastasse, Lisa percebeu, desesperada, que estava amando Andreas. Como podia se apaixonar por um homem que só trazia ódio no coração, que só pensava em torturá-la?

        Gente! Esse livro é muito sem noção. Aliás, sem noção, “sem eira nem beira”, ele não ata nem desata, nem adianta ou atrasa.

        Bom, tinha me dado uma doida acompanhada por uma vontade de ler livrinhos contemporâneos com mocinhos malvados, enjoei daqueles mocinhos fofinhos, “guti-guti”, com carinha de bebê. Então, fui num lugar que tinha certeza que encontraria várias opções, fui ao blog da Luna, o Emoções à Flor da Pele, direto no marcador “romances que odiei” e encontrei este bendito livro, “Trama Diabólica”, esse título caiu como uma luva ao livro porque realmente, a “trama” deste livro é “diabólica”.

        Bom, adotarei o princípio “Jack Estripador” e ir por partes.

        Andreas é um daqueles mocinhos gregos que conhecemos bem, portanto ele não poderia deixar de ter aquele senso de vingança totalmente distorcido ao qual, nós, leitoras viciadas em romances de banca, já estamos habituadas. Você, minha querida leitora, já deve ter sentido o PLIN da compreensão e já sabe do que estou a falar. Sim, eu falo daquele senso de vingança que os mocinhos gregos têm de culparem a filha, a enteada, a gatinha de estimação, o peixinho dourado do seu inimigo nº1 por algo que ele acredita que o dito cujo seja culpado – e que em 90% …. ou melhor 100% dos casos estão sempre errados, fato que é esclarecido no final do livro quando o mocinho aparece com aquela cara de cachorro que caiu do caminhão de mudança, pedindo um perdão mixuruca que deixa nossas mocinhas sem vontade própria, totalmente rendidas.

        Eita, me perdi, onde eu estava?? aaah sim! Andreas. Então, nosso mocinho encasquetou, por anos, diga-se de passagem, isso estava mais pra obsessão, que Lisa deveria ser punida no lugar de seu pai, que embora já fosse bem mais velho que nosso mocinho charmoso em questão, ainda dava um caldo e o passou para trás ao “roubar” a esposa de Andreas, escrevo roubar com muitas aspas, já que a esposa de Andreas foi de livre e espontânea vontade, mas é claro que Andreas só percebe ou admite isso no final …. bem no final do livro.
Resumindo: o pai de Lisa tirou a esposa de Andreas portanto Andreas vai pegar a filha como esposa pra preencher o lugar daquela que o outro lá pegou. Viuge!
        E é aí que a tal da Trama diabólica começa. Andreas humilha e chantageia Lisa, ela reclama um pouco, mas é cão que ladra e não morde, pois depois de gritar e soltar o berro com Andreas, basta que ele a olhe com aquele “olhar ameaçador” de grego para ela cair de quatro abanando o rabinho e pedindo perdão.

        Mocinhos prepotentes e mocinhas de personalidade fraca já são conhecidas das leitoras de romance de banca, mas tudo isso nesse livro é elevado ao cubo, o que torna os acontecimentos muito irreais e sem noção. Mas uma coisa é certa, eles foram feitos um pro outro, como diria a Luna, eles se merecem!!

        Mas agora vem o mais impressionante de tudo isso: Eu gostei do livro, gostei mesmo!!! Se acalmem, não virei masoquista, viu Luna, pode se acalmar! Gostei, porque tudo o que aconteceu era bem previsível, e no momento da leitura, era isso que eu estava procurando. Andreas tomava atitudes violentas e grosseiras impulsionadas por ciúmes, mandava ela embora quando queria que ela ficasse, mentia que havia uma amante quando na verdade não havia e só nossa mocinha patetinha que não percebia tudo isso. Além de patetinha ainda era submissa! Gggzus!!

        Se bem que, para o nosso mocinho, Lisa era uma lutadora!!
— Eu deixei de odiá-la quando você preferiu saltar da janela em vez de casar comigo. Esperava encontrar uma garota mimada e sem vontade própria, mas descobri uma mulher disposta a lutar contra mim tanto moral quanto fisicamente. Comecei a respeitá-la e admirá-la a partir daquele momento. Acabei descobrindo que estava amando você.”
        Andreas dá a Lisa apenas duas opções, casar-se com ele ou tornar-se sua amante, sendo assim ela resolve fugir do quarto em que estava trancada dando uma de Spider-Woman, descer pela calha e cair direto no belo jardim bem em frente da casa onde todos poderiam ver sua façanha, já perceberam que inteligencia não é uma de suas virtudes, não é?! Tá, até que ela tenta ir contra ele, mas no final só ladra e não morde.

        Mas enfim, apreciei a leitura! Mas se eu estivesse no lugar da Lisa …. aaahhh coitado do Andreas! Anjo 
        Só não posso dizer que saí completamente ilesa após a leitura, já que até essa resenha ficou meio “sem noção” hehehe.

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