
Título original: The blushing bride
Autora: Judith Stacy
Editora: Nova Cultural Ltda
Coleção: Clássicos Históricos 199
Sinopse:
Ela tinha uma agência matrimonial…Ele tinha pavor de mulheres…América do Norte, 1886
Jason Kruger administrava uma madeireira, não um clube de solitários. Mas Amanda Pierce, hábil casamenteira, providenciou as noivas e as bênçãos do matrimônio para seus operários... e o fez ansiar por uma vida que nunca imaginara desejar!Como Amanda fora parar no longínquo Oeste, para mostrar seu catálogo de fotos de noivas a um madeireiro desconhecido? Se não fora Jason Kruger quem escrevera solicitando uma noiva, quem fora? E se ele realmente não a queria em sua vida, por que se empenhava tanto em não se livrar dela?
"— O que há de errado agora?
Jason Kruger tirou os pés, calçados de botas, de cima da escrivaninha, e inclinou-se na cadeira. Tinha acabado de jantar, e não gostou nem um pouco da intromissão de um dos homens naquela hora, quando pretendia descansar.
A sala espartana tinha paredes nuas, duas escrivaninhas e alguns armários, além de um fogão em um dos cantos. Jason gostava de ficar sozinho depois de um dia duro de trabalho. Queria ler a correspondência e os jornais, em vez de conversar de novo com o homem.
— O que foi, Duncan? Fale logo.
O homem magro, parado junto à porta, tirou o chapéu, torcendo-o nas mãos.
— Bem, patrão. Sinto muito incomodá-lo, mas... — Duncan passava o peso de um pé para o outro. — Mas... a minha Gladys está tendo um problema com Polly Minton, e bem... desta vez, eu...
Jason levantou-se, praguejando.
— Eu disse para não trazer sua mulher para cá."
— Convidei Gladys para vir a minha casa, alguns dias atrás, e conversamos antes de eu preparar o jantar. Hoje fui até a casa dela, como uma boa vizinha deve fazer, e então vi. Com meus próprios olhas.
— Viu o quê? — perguntou Jason, franzindo a testa.
— O que ela roubou de mim! exclamou Polly.
— Não fiz isso! — gritou Gladys.
— Roubou o quê? — perguntou Jason.
— Veja o senhor mesmo. Eu trouxe a prova. — Polly abriu o pano enrolado que trouxera, revelando uma fatia de torta de maçã, meio comida. — Peguei um pedaço quando Gladys não estava olhando. É minha receita. Não tenho dúvidas. Gladys Duncan roubou minha receita de torta de maçã.
— Não fiz isso! — declarou Gladys.
— Uma receita de torta? — Jason levantou-se, fitando Duncan. — Você me envolveu nisso, por causa de uma maldita receita?
— Esta receita pertence a minha família há gerações — protestou Polly. — É um tesouro.
— Que tesouro! — zombou Gladys. Jason encarou Duncan, muito sério.
— Eu devia despedi-lo agora mesmo.
— Mas sr. Kruger...
— Ela roubou enquanto eu estava de costas — disse Polly. — Roubou porque tem ciúme de minhas receitas.
Gladys colocou as mãos nos quadris largos, enfrentando a outra mulher.
— Você é a ciumenta! Sabe que todos adoram minha galinha assada. — Gladys virou-se para Jason. — Ela tenta descobrir meus ingredientes secretos desde que vim para cá.
Polly engoliu em seco.
— É mentira!
— Não é! Você é invejosa!
Jason fez um gesto, interrompendo a discussão.
— Agora chega! Parem com isso
— É minha receita! Senti o sabor de meus ingredientes secretos assim que a coloquei na boca! Experimente, sr. Kruger. O senhor vai ver — insistiu Polly, estendendo a torta para ele.
— O sr. Kruger não quer provar a torta! — Gladys arrancou o prato das mãos de Polly, e a torta voou, aterrissando na escrivaninha de Jason. Pedaços de maçã espalharam-se sobre os papéis, sobre a camisa e a calça dele.
Todos ficaram mudos, e um silêncio pesado encheu o escritório. Jason olhou para as roupas sujas.
— Onde está meu revólver? — perguntou, em um tom perigosamente suave.
Mais tarde nessa mesma noite seu amigo lhe diz:Um perfume delicado encheu o escritório quando uma jovem entrou, provocando um murmúrio geral no escritório e paralisando Jason.
Ela fitou-o, com os enormes olhos azuis sombreados pelos cílios longos.
— Sr. Kruger? Sou Amanda Pierce, de São Francisco.
— Sim? — perguntou ele, franzindo a testa.
— Vim atender seu pedido.
— Meu pedido?
— Sim, sr. Kruger. Seu pedido de uma esposa."
"— Sr. Kruger, esta senhorita vai dar uma ótima esposa. Muito boa mesmo."
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